Você é famoso por sua expressão apaixonada no ato 1.  
Comenta-se a luz de esperança que brilha em seus olhos.  
Como consegue, conhecendo o horrível desenlace do quinto ato? – pergunta a entrevistadora. 
No primeiro ato ainda não sei – responde o tenor. 
Já interpretou essa peça 84 vezes! Deveria conhecer seu final trágico. 
Sim, mas não no primeiro ato. 
Mas você não é tolo. 
Não, creio que não – diz o cantor. 
Mas às 20:10, no ato 1, você deve saber o que vai acontecer às 22:30, no quinto ato. Deve saber por causa das outras apresentações. 
Sim. 
Como consegue então essa "luz" de esperança? 
No primeiro ato ainda não posso conhecer o quinto – insiste o cantor. 
A ópera poderia ter outro final? – pergunta a entrevistadora. 
Claro. 
Mas não teve outro final em 84 apresentações! 
Mas poderia acabar bem! – responde o cantor.



C
iclo de Cinema e palestra sobre a obra do cineasta alemão Alexander Kluge com a projeção de sua filmografia completa de longa-metragens (vários inéditos no Brasil).
Quando: 25 de março a 13 de abril de 2008
Onde: Centro Cultural Banco do Brasil de Brasília (CCBB - Brasília)

A mostra exibirá sua filmografia completa de longa-metragens, apresentando vários filmes inéditos no Brasil, além todos os seus curtas.


Palestra

05/04 - 20h30 – Alexander Kluge: O quinto ato. (2007, 28 min, DVD)
Antes da palestra haverá a projeção da entrevista  com Alexander Kluge, feita por Bruno Fischli para a mostra O Quinto Ato. Kluge comenta o seu cinema e os efeitos do "quinto ato" em entrevista exclusiva feita no Festival de Veneza de 2007.

 
21h - Palestra com José Carlos Avellar sobre Alexander Kluge

Crítico de cinema e integrante do conselho editorial da revista Cinemais e da publicação online El ojo que piensa da Universidade de Guadalajara, México. Foi diretor da Cinemateca do Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro (1991-1992), Diretor Cultural da Embrafilme (1985-1987) e Diretor-presidente da RioFilme (1994-2000). Participou de júris da crítica em vários festivais internacionais. É atualmente consultor do Programa Petrobras Cultural da área de cinema. É autor, entre outros, dos livros: Imagem e ação, imagem e som, imaginação(Paz e Terra); O cinema dilacerado; O chão da palavra (Rocco); A ponte clandestina – teorias de cinema na América Latina (editora 34), Deus e o diabo na terra do sol (Rocco). Na Escola de Cinema Darcy Ribeiro é professor e curador do Cineclube, editor dos Cadernos da ECDR e faz parte da coordenação dos Cursos Regulares. Desde 1980 tem sido consultor do festival  internacional de Cinema de Berlim (além de vários outros) e tem relação muito próxima ao cinema alemão. Entusiasta e conhecedor do cinema de Alexander Kluge, Avellar faz palestras e cita o cineasta como exemplo de um cinema de invenção, ao mesmo tempo intelectual e político, fazendo uso de imagens de diversas origens. 



Mídia

Diretor alemão defende cinema online no Festival de Veneza

Alexander Kluge é homenageado no Festival de Cinema de Veneza deste ano
O cineasta Alexander Kluge ganha retrospectiva completa em São Paulo e livro sobre sua obra
Arquivo "Heiner Müller e Alexander Kluge", organizado por Rainer Stollmann na Universidade Cornell
Alexander Kluge recebeu o mais renomado prêmio literário da Alemanha
Universidade de Princeton inaugura o Arquivo Alexander Kluge
"O cinema ainda nos surpreenderá", texto sobre Kluge publicado no Jornal da Mostra de Cinema, 2007
Jürgen Habermas sobre Alexander Kluge


Livro Alexander Kluge: O quinto ato (Cosac Naify)
D
urante a mostra Alexander Kluge em São Paulo foi lançado o livro Alexander Kluge: o quinto ato (editora Cosac Naify) com 11 ensaios do livro Histórias do Cinema (Geschichten vom Kino), lançado em 2007 pela editora Suhrkamp: O programa dos cinemas em dezembro de 1917, em São Petersburgo e em Moscou, Uma observação de Walter Benjamin, As três máquinas que constituem o cinema, No limiar entre a história do cinema e a televisão, O que nunca foi filmado critica o que foi filmado, Russian Endings / American Endings, Trazer o mundo ao mundo, Uma ducha de luz, Algo secundário que, se fosse algo principal, teria sido realmente bem sucedido, Novas chances para o cinema, O caráter multiforme da evolução, os artigos Reinventando o Nickelodeon: notas sobre Kluge e o primeiro cinema (publicado originalmente na Revista October, MIT Press), da crítica de cinema e professora da Universidade de Chicago Miriam Hansen, Kluge e a televisão, do professor de cinema na USP Arlindo Machado, A realidade não é realista. Alexander Kluge, o cinema europeu e alemão e Fantasia prática: facts and fakes, do pesquisador da obra de Alexander Kluge e professor de História da Cultura na Universidade de Bremen , Rainer Stollmann, além da filmografia, sinopses e apresentação da organizadora Jane de Almeida.

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